Pensamendo Sistêmico - Links

Seguindo uma sugestão super produtiva tenho lido um pouco sobre Pensamento Sistêmico que é nome de batismo daquela pulga atrás da orelha de todo cientista que é humilde o suficiente para reconhecer que o seu método cartesiano (já escrevi sobre Descartes, lerolerolero) é aparentemente seguro, porém muito incompleto. Afinal não vivemos no mundo das "partes" que compõem o objeto de estudo, vivemos no mundo onde o objeto de estudo interage aspectos multiplos da nossa existência e disso a ciência mecanicista nunca deu e nucna dará conta.

Segue um texto do "oráculo" sobre P. S. :
P. S. na Wikipédia

ia colocar mais sites, porém todos eles são reduntantes e as informações mais relevantes junto com referências já estão no artigo da Wiki.

Primeiro artigode Fìsica do LHC !!!!

rapidinha...
http://www.springerlink.com/content/t35h6211438476k0/

hehehe
corporativisto rules! repare nos co-autores! será que eles esqueceram alguém?

Sobre a Cooperação Nuclear com o Irã

Essa merece uma atualização...
SBF, Sociedade Brasileira de Física, emitiu uma nota à imprensa, que benzadeus chegou em primeria mão ao meu email, uma vez q sou um membro (inadimplente) dessa sociedade. Então segue o texto na íntegra como o recebi:

"Comunicado à imprensa (03/03/2010)

Diante de notícias veiculadas pela imprensa de que autoridades governamentais
estariam iniciando consultas junto à comunidade científica brasileira sobre pontos de
interesse comum que pudessem servir de base a um eventual acordo de cooperação
Brasil-Irã na área nuclear, a Diretoria e o Conselho da Sociedade Brasileira de Física
gostariam de se manifestar nos seguintes termos:

- consideramos apropriada a atitude do Governo Brasileiro de procurar adotar uma política externa madura, inclusiva e aberta ao diálogo sem preconceitos, sempre voltada para a identificação dos legítimos interesses nacionais, e na busca permanente da conciliação entre os países e da manutenção internacional da paz;

- julgamos que, nesse contexto, a celebração de acordos técnico-científicos bilaterais
de cooperação é um dos instrumentos mais úteis para o progresso conjunto das nações e o avanço do conhecimento e da confiança mútua entre os povos;

- em termos da questão nuclear, relembramos o papel histórico da comunidade científica brasileira, e da Sociedade Brasileira de Física, em especial, em reafirmar o interesse nacional em assegurar o máximo de avanço científico e o mais completo domínio das técnicas nucleares, sempre pautados pelo compromisso unilateral de desarmamento e de transparência de ações, e pela objeção moral ao desenvolvimento de
armas atômicas;

- por essas razões, externamos nossa preocupação com as notícias de que acordos bilaterais na área nuclear entre o Brasil e países não–signatários do tratado de nãoproliferação nuclear possam estar em fase de análise pelo governo brasileiro, e manifestamos nossa convicção de que os interesses brasileiros estariam mais bem representados se, no momento, nenhuma cooperação técnico-científica na área nuclear
viesse a ser celebrada com a República Islâmica do Irã.

Em nome da Sociedade Brasileira de Física
Celso Pinto de Melo (Presidente)"

***

Não posso deixar de comentar!

Como a ciência é escrava da política, não é mesmo?! Desde o momento em que se torna refém do órgãos de fomento à pesquisa até quando vira marionete para a mídia detonar ou promover um governo. Não somos politicamente conscientes e organizados. Acho que a prova cabal disso é o fato de que, até hoje, 04/03/2010, não temos profissão reconhecida pela união, ou seja não temos "Conselho de Classe" ou seja não temos sindicatos, ou seja não temos representatividade política.

O pior de tudo é isso pode incomodar à mim, à vc, peixes pequenos, meros bacharéis em Física desempregados, mas isso de maneira nenhuma incomoda os peixes grandes, aqueles que fazem a politicazinha do "o que é meu é meu, o que é seu é nosso". Porque no fim é muito conveniente ter uma "Sociedade Brasileira de Física" afinal continua prevalecendo o eixo rio - são paulo e o resto que se exploda.

Sei que mudei de assunto.. bom quanto ao comunicado, achei ele muito digno.
prometo tentar escrever menos!!!!! :'(
prometo escrever de maneira menos séria!! :)
rs e prometo que o próximo post será bem científico acadêmico... provavelmente uma digressão sobe "o que é" e "como começou" essa coisa de Teoria do Caos. ;)

René Descartes e o Discurso do Método, Parte 2 de 2

(...)

Descartes começou aplicando o método sobre a álgebra e a geometria como forma de demonstrar para si o funcionamento do mesmo e se aperfeiçoar em seu uso. Após esgotar as incursões sobre a matemática, que resultaram naquilo que conhecemos como Geometria Analítica e o plano cartesiano, ele passou para o seu real objetivo, a mãe de todas as ciências, a filosofia. Sua primeira questão foi demonstrar racionalmente a existência de Deus e da Alma partindo da primeira e mais clara verdade: “ Cogito ergo sum!” (Penso logo existo).

Não estou capacitada a entrar no mérito dessas questões filosóficas já que corro o risco que estar muito equivocada, pois me garanto razoavelmente na Física, mas não na Filosofia. Então invoco meu direito á liberdade de expressão e de pensamento para expor, bastante superficialmente, os argumentos que Descartes usou para tratar racionalmente assuntos metafísicos, a priori questões de fé. (Se a lógica usada por ele não lhe parecer lá muito “lógica”, só digo que estou utilizando aqui palavras do próprio texto, ou seja, se no Discurso do Método ele diz que é “lógico”, então quem sou eu para contradizê-lo já que quero apenas informar sobre suas idéias e não discutir significados e validades).

Descartes pretendia desfazer-se do que aprendeu através da academia, negar tudo, desconstruir tudo, para que pudesse reerguer suas idéias e seu conhecimento sobre o mundo baseado apenas em verdades. Então concluiu que poderia negar absolutamente todos os aspectos da sua existência, por exemplo, todas as formas, os sentidos e os sentimentos podem simplesmente não existir. O corpo, as cidades, as florestas, a chuva, o sol, poderiam não existir, mas ainda sim haveria consciência no mundo, pois se não houvesse quem estaria pensando sobre essas coisas? Então para ele que tudo fosse uma farsa, uma ilusão, mas se há pensamento, a despeito de tudo aquilo que não existe, então há algum tipo de existência e, portanto, “Penso logo existo”. Para Descartes era essa uma verdade tão visceral e que era tão clara e óbvia que serviu de parâmetro para julgar a validade de todas as outras que ele poderia encontrar.
Naturalmente surge a demonstração da existência da alma. O que, afinal de contas, pensa e existe independente de toda e qualquer existência ou ilusão material? A alma, a verdade e a existência primeira.

A demonstração de existência de Deus ocupa um bom (e até confuso) espaço no Discurso do Método, vou descrevê-la sucintamente baseada naquilo que eu pude entender. Basicamente Descartes reconhece que, uma vez que buscamos conhecer as coisas do mundo é porque temos dúvidas. Poderia haver então só a dúvida? Sim, mas não é o que acontece, pois quando há dúvida buscamos naturalmente o conhecimento que irá aniquilar a dúvida. Por quê? Segundo Descartes nos parece que a dúvida é um aspecto imperfeito da nossa existência, uma mancha num quadro que queremos consertar. Uma vez que a única verdade até agora é a existência da alma, então esse impulso rumo à perfeição só poderia vir dela, mas baseados em que buscamos essa perfeição? Deve existir algo perfeito como parâmetro de comparação. O que é que conhecemos que é perfeito para nos fornecer essa idéia tão primitiva? Ou da própria consciência ou de alguma outra coisa, não pode simplesmente vir do nada. Se viesse da alma, entraríamos em contradição, pois se a consciência busca a perfeição é porque por si mesma ela não é perfeita, porque se fosse não haveria essa busca. Só nos resta assumir então que a perfeição vem “de alguma outra coisa”. “Coisa” é substituída melhor pela palavra “idéia”. A consciência busca a perfeição, pois conhecemos a priori algo perfeito e temos, então, um parâmetro de comparação. Descartes nesse momento invoca a palavra “Deus” para nomear a perfeição, o modelo, assim como se valeu da palavra “Alma” para designar aquilo que existe. Devemos ter em mente que Descartes era católico, educado com os jesuítas.

Basicamente esse é o tricô de idéias que permeia maior parte do “Discurso...”, posteriormente ele se dispõe a reconstruir o mundo baseado nessas duas verdades: a existência da alma e a existência de deus. Descartes publicou muito sobre suas conclusões a cerca do mundo físico, excursionou pelo funcionamento do coração e um monte de coisas, mas fala de maneira superficial sobre isso na obra em questão.

Confesso que para mim é muito difícil construir argumentos que sirvam de uma “crítica” á Descartes, sei que muitos dos “Doutos” possuem as suas, por exemplo quando falam que ele “pisou na bola” ao tentar tratar racionalmente assunto irracionais como deus e a alma. Não vou analisar o mérito das questões aqui, pois exige um nível argumentativo que foge a minha capacidade e ao meu conhecimento. O que fica para mim, e que eu gostaria que ficasse para você é a genialidade desse indivíduo que não se contentou com aquilo que estava estabelecido, que queria democratizar o conhecimento, o que sabemos, torna o indivíduo senhor das suas escolhas e não apenas massa de manobra. Além disso sistematizou o método que é utilizado em todas as áreas do conhecimento e inaugurou um outro momento histórico para a ciência. Sem dizer é claro da Geometria Analítica que permitiu que problemas que fogem a nossa capacidade imaginativa e gráfica de representação pudessem ser resolvidos algebricamente avançando assim o desenvolvimento das matemáticas.

René Descartes e o Discurso do Método, Parte 1 de 2

  • As informações e as citações são de: René Descartes, Discurso do Método, L&PM Pocket, 2008.
  • O objetivo desse texto é meramente informativo, para um aprofundamento leia um livro.
  • Aqueles que já estão bem interados no assunto se encontrarem algum equívoco no conteúdo sinta-se a vontade para comentar e corrigir.
René Descartes nasceu em 1596 em La Haye na província de Touraine na França. Vindo de uma família nobre estudou na escola jesuíta de La Fleche e posteriormente se formou em Bacharelado e Licenciatura em Direito na Universidade de Poitier. No ano de 1618, após concluir seus estudos Descartes junta-se ao exército de Maurício de Nassau em Breda. Seu objetivo era conhecer o mundo e aprender com ele.

Descartes é motivado pela sua insatisfação com o ensino que lhe foi dado e pela filosofia da época. Sendo um aluno exemplar sempre lhe foi concedido privilégios na escola e mesmo gozando de reconhecimento não se animou com as ciências que lhe eram ensinadas. Segundo ele a todas faltava uma essência indubitável, todas eram constituídas de mais incertezas e incoerências do que de verdades.

“E, decidido não buscar mais outra ciência senão a que se poderia achar em mim mesmo ou então no grande livro do mundo empreguei o resto da minha juventude em viajar, em ver cortes e exércitos, e freqüentar pessoas de diferentes humores e condições, em recolher diversas experiências (...). Pois parecia-me que eu poderia encontrar muito mais verdade nos raciocínios que cada um faz sobre os assuntos que lhe importam, e cujo resultado, se julgou mal, irá puni-lo em seguida, do que naqueles feitos pelo homem de letras em seu gabinete, sobre especulações que não produzem qualquer efeito e não têm outra conseqüência, a não ser, talvez, que lhe proporcionarão tanto mais vaidade quanto mais afastadas estiverem do senso comum, pelo tanto de espírito e de artifício que precisou empregar para torná-las verossímeis.”

Desde o início de suas investigações ele se mostra contrário à academia. Inicialmente criticando seu modus operandi e seus paradigmas, depois pelo total afastamento e isolamento a que se condicionou para atingir seu objetivo e por último, publicando seus livros em francês, língua popular para a época, ao contrário do que os “doutos” faziam, publicavam em latim mantendo o conhecimento sob o domínio de uma minoria (qualquer semelhança com a estrutura de divulgação científica atual, NÃO é mera coincidência. Falo disso depois).

“O bom senso é a coisa do mundo melhor partilhada: pois cada um pensa estar tão bem provido dele, que mesmo os mais difíceis de contentar em qualquer coisa não costumam desejar tê-lo mais do que o têm. Não é verossímil que todos se enganem nesse ponto: antes, isso mostra que a capacidade de bem julgar, e distinguir o verdadeiro do falso, que é propriamente o bom senso ou a razão, (...), é naturalmente igual em todos os homens; e, assim, que a diversidade de nossas opiniões não se deve a uns serem mais racionais que os outros, mas apenas que conduzimos nossos pensamentos por vias diversas e não consideramos as mesmas coisas.”

Estando em campanha durante o inverno ás margens do Danúbio Descartes isolou-se em uma cabana e semeou as idéias que viriam a se tornar o Discurso do Método. Seu objetivo era estabelecer um método que o permitisse chegar a conhecimentos verdadeiros. Tendo sido bem instruído nas disciplinas de álgebra e geometria ele acreditava que de todas as ciências a matemática era a única que conseguia demonstrar seus conhecimentos a partir de uma lógica linear inquestionável. Inspirado nas matemáticas estabeleceu os quatro princípios irrevogáveis do método:

  • Evidência:“O primeiro era não aceitar jamais alguma coisa como verdadeira que eu não conhecesse evidentemente como tal: isto é, evitar cuidadosamente a precipitação e a prevenção, e nada incluir em meus julgamentos senão o que se apresentasse de maneira tão clara e distinta a meu espírito que eu não tivesse ocasião de colocá-lo em duvida.”
  • Análise:
    “O segundo, dividir cada uma das dificuldades que eu examinasse em tantas parcelas possíveis e que fossem necessárias para melhor resolvê-las.”
  • Síntese:
    “O terceiro, conduzir por ordem meus pensamentos, começando pelo mais simples e mais fáceis de conhecer, para subir aos poucos, como em degraus, até o conhecimento dos mais compostos.”
  • “E o último, fazer em toda parte enumerações tão completas, e revisões tão gerais, que eu tivesse a certeza de nada omitir.”

To be continued...

Sexo e Animal!!!

Maravilhosa, Isabella Rosselini, estréia essa série chamada Green Porno. De uma qualidade artística sensível e com uma interpretação divertida, Isabella quer fazer as pessoas se apaixonarem... pela natureza, pela vida, pelo planeta...até ficarem tão comovidas que sentirão vontade de o salvar e proteger. A primeira temporada dos curtas foi sobre a reprodução dos insetos. Na segunda temporada ela cai no água para bisbilhotar os animais marinhos. Vale a pena conferir e divulgar.